O ministro das Relações Exteriores, Luiz
Alberto Figueiredo Machado, deve promover apenas mudanças pontuais no
órgão. Ele já definiu que seu chefe de gabinete será o atual porta-voz
do Itamaraty, Tovar da Silva Nunes. Porém, ainda estão sendo definidos
os nomes do futuro porta-voz e também do secretário de Planejamento
Diplomático.
Tradicionalmente, os chanceleres mantêm os chefes de departamento e
áreas específicas, pois eventuais mudanças envolvem indicações para o
exterior e, em alguns casos, promoções internas na carreira. Como
Figueiredo tem, inicialmente, apenas um ano e quatro meses de gestão, a
expectativa é que ele faça nomeações somente para os cargos que lidam
diretamente com seu gabinete.
Figueiredo, no seu discurso para os diplomatas, defendeu a
hierarquia e o respeito às normas. Internamente, a previsão é que ele
evite alterações expressivas. De personalidade introspectiva, Figueiredo
é contido nas palavras e é apontado como um estrategista.
Acostumado a longas negociações, o novo chanceler não costuma
demonstrar cansaço nem impaciência. Ele e a presidenta Dilma Rousseff se
conheceram na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), na Dinamarca, em 2009, quando a
presidenta era ministra-chefe da Casa Civil no governo Lula. ABr
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